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Comentários do estudo: Long-term outcomes after transcatheter aortic valve implantation in failed bioprosthetic valves” apresentado durante o PCR-e-COURSE 2020
Foi publicado (European Heart Journal (2020) 0, 1–12 doi:10.1093/eurheartj/ehaa544) nesta semana e apresentado pelo Dr. Danny Dvir no PCReCourse o estudo “Long-term outcomes after transcatheter aortic valve implantation in failed bioprosthetic valves”. O principal objetivo é de preencher uma lacuna na literatura no que tange a avaliação em larga escala e de longo prazo dos resultados do tratamento transcateter de biopróteses degeneradas em posição aórtica.
Através de uma colaboração multicêntrica e global que contou com a participação brasileira dos colegas Dr. Adriano Caixeta e Dr. Matheus Simonato, o achado principal do estudo apontou uma significativa influência do tamanho da bioprótese degenerada e tratada com os desfechos. Foram consideradas próteses “pequenas” aquelas com diâmetros internos verdadeiros menores do que 20 mm. Nestas houve uma significativa maior taxa de mortalidade ao longo do tempo que também esteve associada de forma independente à disfunção ventricular, diabete mellitus, doença renal crônica e acessos vasculares alternativos, (não femorais). Nos anéis “pequenos”, observou-se também uma necessidade maior necessidade novas intervenções após o procedimento índex de “valve-in-valve”. Neste último desfecho, a análise multivariada também apontou como variáveis independentes e mais relacionadas o uso de próteses expansíveis por balão, dispositivos com má aposição pré-existente e “mismatch“ residual prévio.
A despeito de ser um estudo não controlado e com alguns viesses inerentes ao seu desenho nos traz importantes e robustas informações que auxiliam planejamento cirúrgico inicial ou na reintervenção pela via percutânea de um paciente com estenose áortica grave seja de uma válvula nativa ou bioprótese degenerada.